cro

quarta-feira, 30 de março de 2016

[Livro] Ligeiramente indecente, de Mary Balogh

 Ler em Português      Read in English


Título em Português: Ligeiramente Indecente
Série: Bedwyn Saga #5
Autor(a): Mary Balogh
Editora: Edições Asa
Páginas: 336
Data de Publicação: 8 de Março de 2016

buy the book from The Book Depository, free delivery
Sinopse:
É no campo da Batalha de Waterloo, entre os soldados feridos, que Rachel York espera encontrar a salvação para si e para as suas amigas. Ludibriadas por um falso pretendente, as quatro encontram-se agora longe de casa, na penúria e obrigadas a viver num bordel. Mas Rachel é uma jovem cheia de recursos e não se dá por vencida. A solução para todos os seus problemas – pensa – está num belo soldado moreno que perdeu a memória.Pois para poder receber uma avultada herança, Rachel precisa de um marido. Basta convencer o soldado desconhecido a alinhar no jogo. O que ninguém sabe é que o jovem é nada menos que Lord Alleyne, o benjamim da família Bedwyn. Mas, por muita boa vontade que ele tenha, nada corre como planeado ao chegarem a Inglaterra. E a situação complica-se – quanto mais não seja pela crescente atração entre os falsos noivos, numa farsa que parece ser ligeiramente... indecente.

Opinião:
Ai que bem que me soube ler outro livro da Mary Balogh :)

Neste livro temos o mais novo dos irmãos Bedwyn, Alleyne, numa missão importante. O problema é que, enquanto cumpria essa missão, é atingido na perna, no meio da batalha de Waterloo e deixado para morrer depois de bater com a cabeça ao cair do cavalo. As hipóteses de sobrevivência eram escassas. Não fosse Rachel.

Rachel, uma jovem que, por mão do destino acabou por ir viver com a sua antiga ama, Bridget e as amigas desta num bordel, onde estas últimas (juntamente com a antiga ama) exerciam a sua profissão como prostitutas. Mas não se enganem, caros leitores, ao pensarem que estas senhoras são algo menos que carinhosas, queridas, corações de manteiga que, devido a circuntâncias da vida, não viram outra saída senão vender o corpo para, quando se reformassem, pudessem juntar as suas poupanças e comprarem uma pensão respeitável onde Phyllis pudesse cozinhar (os seus pratos são sempre descritos como tão deliciosos que davam fome!), Bridget pudesse cuidar do jardim, e Geraldine (Gerry) e Flossie da casa e visitas.

Quando estas cinco senhoras são defraudadas por um homem que se fazia passar por vigário e que tentou enganar Rachel para ficar com a sua herança, todos os seus sonhos são destruídos, mas não é por isso que perdem a sua alegria de viver. Decidem, então, ir procurar por dinheiro e joías nos mortos que nesse mometo estavam esquecidos nos campos após a batalha de Waterloo. E é aí que Rachel descobre que o seu primeiro morto, além de star nu, não estava morto. Com a ajuda do Sargento Strickland, que tinha ficado sem um olho, Rachel leva-o para o bordel, onde estes senhores ficam a repousar e são tratados pelas senhoras residentes.

Foram, sem dúvida, as partes mais divertidas do livro quando estas senhoras entravam em cena. O seu humor e relaxamento e paixão pela vida e pelos seus sonhos era contangiante.

Allyene, que como tinha dito inicialmente, bateu com a cabeça, acorda sem memória no bordel a pensar que tinha ido parar ao céu, arrancando com essa frase sorrisos e risos das quatro senhoras que naquele momento olhavam para ele. Como ninguém sabe como ele se chama, quem é ou de onde é, é apelidado de Sir Jonathan Smith, pois Gerry diz, com certeza, que ele tem um nariz aristocrático e por isso merece um título.

Com os cuidados atentos de Rachel, o “anjo dourado”, Alleyne acaba por se apaixonar pela jovem que passa os seus tempos livres a ler para ele, a cuidar dele durante os seus delírios febris e que acaba por ser uma amiga – uma amiga atraente, sem dúvida, mas acima de tudo uma amiga (e só mais tarde algo mais).

Ao saber da história do roubo, e após a recuperação de Allyene e do Sargento, o primeiro sugere a Rachel que finjam ser casados para esta ter a sua herança e as jóias que lhe são devidas, e que o tio guarda até ela chegar aos seus 25 anos (ela tem 22, se não me engano). É aqui que começa a verdadeira aventura do livro, com momentos hilariantes e românticos, e frustrantes e que nos deixam querer mais e mais.

Foi um livro de que gostei bastante, que me deixou em pulgas para chegar ao fim e que depois do fim ainda me deixou a querer mais ler o último livro da saga Bedwyn. Recomendo verdadeiramente a todos os fãs do género.

segunda-feira, 28 de março de 2016

[Filme] The Internship (2013), de Shawn Levy

 Ler em Português      Read in English


Título em Português: Os Estagiários
Realização: Shawn Levy
Argumento: Vince Vaughn & Jared Stern
Elenco Principal: Vince Vaughn, Owen Wilson, Rose Byrne
Ano: 2013 | Duração: 1h 59mins
Sinopse:
Billy e Nick são vendedores cujas carreiras foram devastadas pela era digital. Na tentativa de provar que não estão obsoletos, contra todas as espectativas eles conseguem um cobiçado estágio na Google, juntamente com um batalhão de pequenos génios. No entanto, alcançar esta utopia é apenas metade do desafio. Agora têm de competir com a elite nacional de talentos da tecnologia para provarem que a carência é a principal fonte da reinvenção.

Opinião:
Numa tarde aborrecida, decidi aterrar no Netflix e ver a primeira coisa que me aparecesse à frente. E foi assim que vi The Internship. Segundo os cálculos da Netflix, o rating para este filme, tendo em conta o meu gosto, seria de estrela e meia. Não era muito abonatório, mas decidi ver qualquer das formas. E ainda bem, porque tive uma tarde bem passada e o filme foi giro.


E é praticamente isso que tenho a dizer. The Internship acima de qualquer outra coisa – um pouco à semelhança do The Intern (até no nome se vê esta semelhança) – é uma estória de aprendizagem. Nós não sabemos tudo, há sempre alguém que sabe algo que nós não sabemos, da mesma forma que nós sabemos algo que esse alguém não sabe. E é através da partilha de conhecimento e no trabalho de equipa que evoluímos e nos tornamos melhores seres humanos. E, essencialmente, que nunca devemos desistir dos nossos sonhos. Pode não ser num futuro próximo, mas se batalharmos e nos focarmos no que queremos, iremos lá chegar.



É de forma divertida, leve e sem desprendimentos que The Internship se desenrola e se torna num filme agradável e que me entreteve numa tarde aborrecida.


domingo, 27 de março de 2016

[Livro] Sonhos Malditos, de Carina Rosa

 Ler em Português      Read in English


Título em Português: Sonhos Malditos
Série: --
Autor(a): Carina Rosa
Editora: Smashwords inc.
Páginas: 22
Data de Publicação: 14 de Fevereiro de 2016


Sinopse:
Teresa tem premonições desde criança. Depois de ter previsto as mortes de toda a sua família, incluindo a de Henrique, o seu melhor amigo de infância, Teresa refugia-se no seu dom. Mas a maldição que a marca vai persegui-la. Num dia cinzento, em que os seus próprios livros de feitiços parecem amaldiçoá-la, Teresa é salva por um jovem aparentemente desconhecido. Mas as semelhanças entre este estranho e Henrique levam-na de volta ao passado, quando tinha ainda muito a perder. Teresa conhece os destinos daqueles que lhe são próximos. No entanto, dá por si a apaixonar-se por este novo homem, cujo passado lhe é menos estranho do que imaginava. Na luta para alterar as malhas do destino deste jovem, que sabe ser fatal, Teresa descobre que a sua súbita aparição não foi fruto do acaso.

Opinião:
Sonhos Malditos é o segundo conto que leio da Carina Rosa, e cada vez mais penso que é uma escritora a seguir. Este conto é um pouco diferente daqueles que ela costuma escrever, pois é de fantasia/sobrenatural – mas não é por isso que deixa de ser bom.

Foi uma lufada de ar fresco e só tive pena que acabasse tão depressa – e que não se soubesse mais sobre o início do conto.

Tanto Teresa como Henrique (seja em que versão for), são personagens interessantes que nos fazem querer saber mais sobre eles, talvez se tivesse sido desenvolvido um pouco mais nesse âmbito tivesse dado uma pontuação mais alta.

Como o conto, a crítica será pequenina pois não há muito mais a dizer. Foram páginas de entretenimento que me deixaram a querer mais.

quinta-feira, 24 de março de 2016

[Livro] Underworld's Daughter, de Molly Ringle

Ler em Português Read in English


Título em Português: --
Série: The Chrysomelia Stories #2
Autor(a): Molly Ringle
Editora: Central Avenue Publishing
Páginas: 410
Data de Publicação: 1 de Junho de 2014

buy the book from The Book Depository, free delivery
Sinopse:
New immortals are being created for the first time in thousands of years thanks to the tree of immortality discovered by Persephone and Hades. But Sophie Darrow is not one of them. Nikolaos, the trickster, has given the last ripe immortality fruit to two others, the reincarnations of the gods Dionysos and Hekate: Tabitha and Zoe, currently Sophie's and Adrian's best friends.

While the disappointed Sophie struggles to remember Hekate and Dionysos from ancient Greece, she must still face her daily life as a mortal university freshman. Tabitha and Zoe have their own struggles as they come to terms with being newly immortal and their own haunting dreams of past lives and loves. The evil committed by Thanatos invades all of them in heartbreaking memories, and worse still, Sophie and her friends know their enemies are determined to kill again. And even the gods can't save everyone.
~ Recebemos este eARC directamente da autora. Thank you! ~

Opinião:
Este livro sofreu bastante com o facto de que, de uma hora para a outra, o meu tempo disponível para leituras foi reduzido a quase nenhum. Ainda assim não conseguia parar de pensar nele e no que estava para vir.

Persephone's Orchard é uma espécide de retelling do mito do rapto da Persefone – do qual gostei imenso para a autora o desenvolveu pegando em aspectos do mito e construindo uma narrativa romântica, com sentido e, acima de tudo, aceitável.

Com Underworld's Daughter, o segundo livro da série The Chrysomelia Storie, nada disso acontece, uma vez que pouco ou nada segue a mitologia grega, mas Molly Ringle consegue criar uma estória cativante, interessante e cheia de magia e peripécias que nos agarra às personagens.

Eu tenho um “carinho” especial por Dioniso e quem me conhece sabe porquê, e achei interessante a forma como a autora liga Adónis com Dioniso, mas não gostei da Tabitha, a soul de Dioniso. Ela desenvolve-se e no final já parece que está a tornar-se numa imortal com pés e cabeça, mas no geral desiludiu-me e fiquei triste com isso. Em contrapartida, adorei Zoe aka Hekate, se bem que a distância da mitologia fez-me imensa confusão – e ainda faz, ainda estou à espera de ver as três faces de Hekate e, muito sinceramente, não me parece que isso seja algo que venha a ser abordado (espero eu estar errada). Sem dúvida, Hekate foi a minha personagem favorita deste livro e gostei muito dos momentos dedicados a esta personagem. (E cá para nós, que ninguém nos ouve, Hekate e Hermes muito antes de qualquer Hekate e Dioniso! – e o incrível que parece, com isto que acabei de escrever – este nem é o triângulo amoroso do livro.)

Ainda que o que se mantém da mitologia grega neste livro sejam os nomes (e poucas outras referências), eu adorei o livro. Bem escrito – tal como tinha já sido o anterior – uma estória cativante, interessante e envolvente. Porque acima de tudo, o que interessa é como a estória se desenvolve e não o facto de estar próximo, igual ou diferente daquilo que lhe deu a mote.